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Foto do escritorDouglas Ribeiro

A Profundidade de Sentir Demais: Uma Jornada de Amor e Autenticidade

Às vezes, a intensidade das nossas emoções parece transcender o que o nosso próprio coração pode suportar. Nos encontramos imersos em um oceano de sentimentos, onde cada onda é uma nova camada de experiências, esperanças e desilusões. Sentir demais pode ser uma bênção e uma maldição, uma dança delicada entre o êxtase e a agonia.


Há momentos na vida em que o amor floresce com uma paixão tão avassaladora que parece ser suficiente para preencher todos os vazios. Nessas ocasiões, cada gesto, cada olhar, cada palavra trocada carrega um peso emocional profundo. O mundo ao nosso redor se dissolve, deixando apenas a intensidade crua do que sentimos. O coração bate descompassado, a respiração se torna um reflexo do turbilhão interno e tudo parece vibrar em uma frequência de pura emoção.


Mas há também os momentos em que, por mais que sintamos, por mais que amemos, por mais que entreguemos de nós mesmos, a sensação é de que nada é suficiente. A exaustão emocional se instala, um cansaço que não é físico, mas da alma. Sentir demais, nesses momentos, se torna um fardo, uma carga pesada demais para ser carregada sozinha. As expectativas não correspondidas, as decepções silenciosas e a ausência de reciprocidade transformam a intensidade do sentir em uma dor que se infiltra nos recessos mais profundos do ser.


Nessas horas, perceber que sentir demais não é mais o bastante é devastador. É olhar para dentro de si e encontrar um coração cansado, marcado por cicatrizes que contam histórias de amores que não foram suficientes. A sensação de inadequação se instala, e questionamos se todo o nosso amor, todo o nosso sentir, algum dia será valorizado e retribuído da mesma maneira.


A verdade é que sentir demais é um ato de coragem. É se abrir para o mundo com toda a vulnerabilidade que temos, é mostrar nossa alma nua e esperar que alguém a veja, a entenda, a acolha. Mas, também é necessário reconhecer que, às vezes, a nossa entrega pode não ser suficiente para quem não está disposto a receber. E está tudo bem. Isso não diminui a beleza e a profundidade do que sentimos.


Nesse caminho de sentir demais, aprendemos que o amor próprio precisa ser o nosso norte. Que, por mais que desejemos que alguém veja o valor do que temos a oferecer, somos nós os primeiros a ter que reconhecer a nossa própria preciosidade. Aprendemos que, quando sentimos demais, precisamos equilibrar esse amor que damos ao outro com o amor que damos a nós mesmos. Afinal, só podemos transbordar amor se estivermos inteiros.


Então, quando sentir demais não for mais o bastante, que possamos lembrar da nossa própria força, da nossa capacidade de amar e da beleza que reside em sermos seres sensíveis. Que possamos honrar nossos sentimentos, mesmo quando não são correspondidos, e que possamos encontrar paz na certeza de que, um dia, alguém verá o brilho da nossa intensidade e a acolherá como a joia rara que é.


Até lá, que continuemos a sentir, a amar e a viver com toda a nossa alma, sabendo que o verdadeiro valor do que sentimos não está na reciprocidade, mas na autenticidade de sermos quem somos. Sentir demais é um presente, e quando encontramos o equilíbrio entre o amor que damos e o amor que recebemos, descobrimos que, afinal, somos suficientes.


E assim, seguimos...

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