No suave arrepiar das horas, quando o mundo se veste de vermelho e corações pulsam ao ritmo de promessas trocadas, há quem sinta um eco distante, um sussurro que se perde na brisa noturna. É nesses momentos de celebração, quando as ruas se enfeitam com o brilho do amor compartilhado, que nos vemos diante da nossa própria companhia.
Não é solidão, mas sim a calma de um coração que aprendeu a dançar consigo mesmo. É no Dia dos Namorados que descobrimos o verdadeiro amor que nutrimos por nós mesmos, nas pequenas delicadezas que nos oferecemos a cada dia. São os gestos gentis, os abraços que curam as próprias feridas, e os sorrisos que só nós mesmos sabemos provocar.
Enquanto o mundo celebra uniões, nós celebramos a nossa liberdade de voar sem amarras, de mergulhar fundo em nossas paixões e de explorar os recantos mais íntimos da nossa alma. É no Dia dos Namorados que percebemos que a felicidade não reside na espera por um par perfeito, mas sim na plenitude de nos aceitarmos como somos, com todas as nossas virtudes e falhas.
E quando o sol se põe sobre mais um Dia dos Namorados, brindamos não só ao amor que partilhamos, mas ao amor que cultivamos em nós mesmos. Porque, afinal, a mais bela história de amor é aquela que escrevemos todos os dias, página por página, com a tinta da nossa própria essência.
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