EPISÓDIO 29 – SOB PRESSÃO
- Douglas Ribeiro
- 16 de mar.
- 2 min de leitura
Olívia saiu da cafeteria com um sorriso discreto nos lábios, como se nada tivesse acontecido. Mas por dentro, sua mente trabalhava a mil.
A mensagem de Renan queimava no bolso do seu blazer.
"Eles estão planejando algo. Cuidado."
Ela sabia. Desde o momento em que Eduardo a chamou para aquela conversa, ela sabia que aquilo era um teste. Ele queria ver sua reação, queria confirmar se ela ainda era uma ameaça.
E, pelo jeito, não tinha acreditado totalmente em sua atuação.
Subiu para sua sala sem demonstrar pressa, sentou-se diante do computador e pegou o celular com calma.
Olívia: "O que você encontrou?"
Renan respondeu quase que imediatamente.
Renan: "Um e-mail apagado. Eduardo disse que 'tomaria providências' se algo mudasse."
O coração de Olívia apertou.
Ela olhou para os lados discretamente. A câmera ainda estava lá.
Respirou fundo e digitou rapidamente:
Olívia: "Preciso sair daqui sem levantar suspeitas."
Renan: "Já estou indo te buscar."
Ela apagou as mensagens e bloqueou o celular, tentando manter o foco no trabalho. Mas sua mente estava longe dali.
Se Eduardo estava desconfiado, quanto tempo até ele agir de verdade?
Mais tarde…
Olívia saiu do prédio no horário de sempre, mantendo a postura relaxada. Mas assim que dobrou a esquina, viu o carro de Renan estacionado e entrou rapidamente.
— O que mais você descobriu? — perguntou, afivelando o cinto.
Renan acelerou e só respondeu quando já estavam a uma distância segura.
— Eduardo está ligado a um nome que apareceu mais de uma vez nos documentos: Fernando Souza.
— Quem é ele?
Renan apertou os lábios.
— Não sei ainda. Mas se Eduardo está relatando a ele que "a situação está sob controle", então Fernando é alguém importante nessa história.
Olívia mordeu o lábio.
— Precisamos descobrir quem ele é antes que Eduardo perceba que estamos um passo à frente.
Renan assentiu.
— Já estou cuidando disso. Mas Olívia…
Ela virou o rosto para ele, sentindo a hesitação em seu tom.
— Se as coisas ficarem perigosas, precisamos considerar a possibilidade de sair do jogo antes que seja tarde.
Ela cruzou os braços, olhando pela janela enquanto a cidade passava em flashes.
— Renan, nós já estamos no jogo. A única opção agora… é ganhar.
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